No cenário mundial atual a utilização racional de recursos
naturais tem se tornado cada dia mais relevante junto com o aumento da
importância de se prevenir os danos ambientais causados pela ação humana,
sempre levando em conta também a questão socioeconômica, garantindo assim um
desenvolvimento sustentável. O Brasil tem um lugar que destaque no mundo por
ser um país geograficamente privilegiado e com inúmeros recursos naturais a sua
disposição. Com 12% da água doce da Terra, é natural que uma das principais
fontes de energia do país seja a hidrelétrica, sendo que possuímos umas das
maiores do mundo, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, que complementa a nossa
matriz energética, uma das mais renováveis do planeta. Porém, nem sempre uma
hidrelétrica pode ser a melhor opção, seja ambientalmente, socialmente ou
tratando-se de produção de energia, como é o caso da Usina de Belo Monte.
Um projeto ambicioso e de interesses duvidosos, esta usina, que se tornará a terceira maior hidrelétrica do mundo, caso concluído o projeto, conta com a premissa de que precisamos aumentar a nossa produção de energia, aliada ao fato de termos um enorme potencial hídrico e a necessidade de fontes de energia renováveis. Mas o que pode parecer uma boa opção é na verdade um enorme erro. A maior parte do potencial hídrico brasileiro encontra-se na região Norte do país, que é a região com seus recursos naturais mais preservados e de grande diversidade biológica. Com a capacidade de produção de energia de mais de 11.000 Megawatts, será necessário um enorme reservatório para a produção elétrica, o que além de alagar uma região preservada como a do Xingu, levará a desapropriação dos diversos povos indígenas que habitam a região e com a mudança de curso dos rios, milhares que vivem sobre a atividade pesqueira ficarão sem seu principal modo de vida. Além disso, embora tenha toda esta capacidade de produção elétrica, devido ao regime natural de chuvas da região, a usina produzirá 4.000 megawatts, ou seja, menos da metade de sua capacidade. Sabemos que a constituição brasileira garante a proteção brasileira dos recursos naturais para as gerações futuras em seu artigo 225, o que não ocorrerá com a construção de Belo Monte, que destruirá grande patrimônio biológico.
Um projeto ambicioso e de interesses duvidosos, esta usina, que se tornará a terceira maior hidrelétrica do mundo, caso concluído o projeto, conta com a premissa de que precisamos aumentar a nossa produção de energia, aliada ao fato de termos um enorme potencial hídrico e a necessidade de fontes de energia renováveis. Mas o que pode parecer uma boa opção é na verdade um enorme erro. A maior parte do potencial hídrico brasileiro encontra-se na região Norte do país, que é a região com seus recursos naturais mais preservados e de grande diversidade biológica. Com a capacidade de produção de energia de mais de 11.000 Megawatts, será necessário um enorme reservatório para a produção elétrica, o que além de alagar uma região preservada como a do Xingu, levará a desapropriação dos diversos povos indígenas que habitam a região e com a mudança de curso dos rios, milhares que vivem sobre a atividade pesqueira ficarão sem seu principal modo de vida. Além disso, embora tenha toda esta capacidade de produção elétrica, devido ao regime natural de chuvas da região, a usina produzirá 4.000 megawatts, ou seja, menos da metade de sua capacidade. Sabemos que a constituição brasileira garante a proteção brasileira dos recursos naturais para as gerações futuras em seu artigo 225, o que não ocorrerá com a construção de Belo Monte, que destruirá grande patrimônio biológico.
Apesar da justificativa dada para a construção da Usina Hidrelétrica
de Belo Monte, ficou evidente que está não é uma construção viável, seja no
âmbito social, econômico ou ambiental, ou seja, não é uma construção
sustentável. Mesmo que ainda não sejam a solução definitiva para a demanda
energética que vem aumentando cada vez mais, existem outras fontes de energia
renováveis e limpas para contribuir com a produção de energia, não de forma
isolada, mas de forma mista, obtendo uma matriz energética diversificada que
não depende de uma fonte única de energia. Como já foi dito, o Brasil é um país
geograficamente privilegiado e com diversos recursos naturais a sua disposição,
podendo dispor de fontes de energia como a solar, a eólica, energia das ondas, da
biomassa, entre tantas outras, não há necessidade de se escolher uma única
fonte de energia, quando dispomos de recursos tão diversificados. Cada uma destas
fontes é complementar a outra e ajudará a suprir a demanda energética crescente,
prevenindo ao máximo o dano ambiental causado pela ação humana e preservando os
recursos para as gerações posteriores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário